O Melhor Passo na Carreira: Descer na Escada Corporativa para Subir em Felicidade

Uns seis anos atrás, eu tava numa posição que todo mundo acha que é o sonho, tipo diretor de serviços ao cliente numa empresa de software gringa, e aí resolvi pular fora pra virar analista de negócios numa firma de cartões de crédito. Dependendo do ângulo, foi como descer cinco ou seis degraus na hierarquia, sabe? Mas olha, no final das contas, isso me levou pro melhor rumo que eu poderia ter tomado na carreira… ou pelo menos é o que eu penso agora, depois de tanto tempo.

A entrevista que bagunçou tudo na minha cabeça

No dia da entrevista pra essa firma de cartões, o CEO e o cara do gabinete me contaram que eles não curtem contratar direto pra cargo alto, não. Preferem trazer gente com bagagem pra posição mais baixa, pra aprender o negócio por dentro, tipo imersão total, e só aí provar que vale a pena subir. Eu falei o que queria de verdade, que no emprego anterior não tava afim só de lidar com cliente chato o dia todo… o que me empolgava mesmo era ver gente crescendo, desenvolvendo skills novas.

Eu passava horas em treinamentos, onboarding pros novatos, guiando gerentes pra não ferrarem tudo… demorou pra cair a ficha que existia cargo só pra isso, focado em mentoria, aprendizado e desenvolvimento – L&D, como a gente chama por aí. Quando ligou a luz, pensei: preciso sair dessa e caçar um caminho pra área certa. Eles me deram o posto de analista e prometeram que, se eu mandasse bem, em uns seis meses ou um ano eu poderia liderar o L&D inteiro. Saí de lá com a mente fervendo, tipo daqueles dias que você não dorme direito pensando em possibilidades.

Por anos eu tava obcecado com subir, metas de título por idade, nada mais importante que o ego inflado de promover. Cheguei a diretor suando sangue, e a ideia de voltar pro fundo… parecia loucura total, ridícula mesmo. Por que diabos eu faria isso, né? Mas quanto mais eu remoía, mais via que minhas ambições tavam me sabotando, agarrado no degrau só por vaidade, e isso não colava.

Então, pra desenrolar, chamei meu mentor Phil pra um café rápido, daqueles em cafeteria de esquina mesmo, e soltei: “Phil, investi tanto pra chegar aqui, não dá pra dar um pulo pra trás desses, né?” Ele, que é fera em ir direto ao ponto sem ser grosso, rebateu: “Bobby, é besteira escolher só por cargo chique. Título não significa nada. Esse novo lance te deixa mais realizado no fim do dia?”

Ele acertou em cheio com poucas palavras… doeu no ego engolir e botar “Analista de Negócios” no LinkedIn logo depois, mas pulei mesmo assim e entrei num trilho que me faz sentir vivo na carreira. Seis meses pra frente, eu criei o cargo de chefe de L&D lá, e tô nessa desde então – aliás, lembro de uma vez que um trainee me agradeceu por um curso que mudou a vida dele, coisa pequena mas que fica na memória, sabe como é.

O rolo da escada corporativa que todo mundo compra

Conversei com um monte de amigos e chefes ao longo dos anos, e a maioria tava presa nessa ilusão de título como se fosse tudo. A gente cai nessa propaganda sutil de que tem que escalar escadas que os outros montaram pra gente, tipo desde moleque alguém aponta e diz “sobe aí”.

“É como se desde cedo alguém apontasse uma escada e mandasse subir. E subimos. Só pra achar outro espaço com outra pessoa dizendo que essa é a escada aqui. Alguns viramos experts em subir escadas… O problema? Poucos aprendemos a saber: essa escada tá encostada no prédio certo?” — Rob Bell

Eu me convenci que tem um jeito mais esperto: um caminho que traz realização pra cada um, sem receita pronta… cada um acha o seu, talvez com uns tropeços no meio, mas é hora de largar essa visão de escada pra carreira e pensar em parede de escalada, tipo aquelas de ginásio que eu vi num vídeo aleatório no YouTube outro dia.

Mulher escalando parede de rocha representando carreiraFoto: Adaptada de imagens Shutterstock

Escada é reto: sobe é bom, desce é ruim… mas parede permite ir pra qualquer lado, às vezes melhor é desviar pro lado pra pegar um apoio que te joga pra cima de novo, ou até baixar um pouco pra contornar um buraco chato. Numa parede, qualquer direção pode ser o golpe de mestre pra chegar no topo que você quer de verdade… não sei, talvez eu exagere um pouco, mas faz sentido na prática.

Erros bobos que a gente comete com metas de carreira

Outro vacilo comum é mirar em título específico, tipo aos 27 eu sonhava ser diretor aos 30, CEO pros 40 e tal… foco total no nome do cargo. Mas pra quê, no fundo? Status, grana, poder… a gente discute se é bom ou ruim, mas nem sempre isso traz felicidade real. Estudos da American Psychological Association mostram que satisfação no trampo vem mais de propósito do que de posição alta.

Aqui no Brasil, pelo que eu li no IBGE, estresse no trabalho pega milhões, com gente pulando de emprego em tech e finanças onde título manda, mas tem pesquisa dizendo que quem foca em impacto pessoal queima menos, tipo o que o Ministério do Trabalho e Emprego anda falando.

Melhor é mirar no impacto que você quer dar na vida toda… em vez de “qual título até quando?”, pensa: “que marca eu quero deixar no mundo?” Isso abre portas pra ver se o trampo melhora as coisas pros outros, traz alegria pra você, ajuda de verdade… ah, e tem aquelas perguntas que ajudam: “Como o mundo muda por minha causa?” “Que caminho me deixa mais feliz?” “O que eu faço que ninguém mais faz direito?” “Se só um gol, qual me faria sentir vitorioso?”

Há uns seis anos, quando mudei, essas indagações me fizeram ver claro: minha missão é ajudar gente a virar líder melhor, aprendiz afiado, comunicador top. Esse é o meu impacto na vida… se eu chegar lá, tá feito, com a consciência limpa e alegria no dia a dia, mesmo que não seja CEO de nada.

Uma papo que clareou as ideias

Pela mesma leva, rolou uma conversa com Shaun, um pupilo que eu mentorava… ele tava travado entre três opções:

  1. Programa de pós na China
  2. Estágio numa firma nos EUA (que já tava na mão)
  3. Voltar pra África do Sul e montar negócio próprio

Shaun não pregava olho achando que errar ia atrasar tudo… eu contei minha própria saga, joguei as perguntas de impacto, e perguntei o que sucesso era pra ele. Falamos de grana, amigos, e ele soltou: “Quero botar a África do Sul pra frente, trazendo recurso ou emprego novo.” Pronto, achou o norte dele.

A gente destrinchou as opções rapidinho:

  1. Pós daria skill global pra usar quando voltasse.
  2. Estágio ensinaria como rodar operação pra aplicar no país.
  3. Empreender geraria vaga direto no ato.

Qualquer uma levava ao alvo… a terceira era reta, mas as outras davam ferramenta extra, tipo um toolbox maior. Shaun acalmou: eram três caminhos na parede, cada chance um passo pra frente, sem pânico… isso me fez ver que pro meu rolê no L&D, tem mil jeito: montando curso, lecionando na uni, escrevendo sobre liderança. Título? Bobagem; o que vale é ir pro alto na parede certa.

Se quiser mais sobre aguentar mudança, dá uma olhada em como transformar adversidades em crescimento … útil pra esses momentos.

Desafios pro ego e pro caminho batido

Você provavelmente tá nessa de sonhar com a escada clássica que pais, prof ou sociedade empurram… mas para e pensa: o prêmio lá em cima te vai fazer feliz mesmo? Li história de gente que “tinha tudo” e se sentia um vazio só, status e pila ajudam, mas muita gente rica quer menos correria, mais tempo com família, sentido maior.

Como o Samuel Brengle disse: “A história se importa não com cargo ou título, mas com qualidade das ações e caráter da mente e coração.”

Se você tá questionando a escada, tenta três passo:

  1. Deixa de lado o título. Pergunta: “Que impacto eu quero dar?”
  2. Usa isso pra mirar o topo da parede, traça rota (pra cima, baixo ou lado mesmo).
  3. Se a chance te aproxima do alvo, agarra. O exato degrau conta menos que o rumo geral.

No dia final, ninguém vai lembrar se foi analista ou diretor… só duas coisa pesam: curtir o que rala e tocar vidas pra melhor… talvez, né? Pra hábito que dá gás na produtividade nessa trilha, vê 15 hábitos de pessoas extraordinariamente produtivas. E pra motivação no trampo, 6 estratégias científicas para recuperar motivação.

No fundo, carreira não é degrau fixo, é escalar com propósito próprio… define teu impacto, e o caminho aparece – mesmo que precise descer pra subir direito depois… essa maleabilidade, com emoção no controle, leva a um trampo cheio, como o OMS reforça em estudo sobre bem-estar, que equilíbrio e sentido cortam risco de problema mental no corre-corre corporativo… mas e aí, será que isso cola pra todo mundo?

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